Com o coronavírus e a necessidade de se fechar tudo para manter a população dentro de casa, muitas vertentes políticas (e seus políticos, obviamente) vêm pautando a preocupação em relação aos impactos de tal decisão sobre a economia do país. O que pode ser muito bem um ponto importante na discussão sobre os efeitos a longo - e até mesmo curto - prazo do vírus, veio se tornando cada vez mais uma arma para lutar contra as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Começa que essa discussão está inclinada para o lado errado desde o momento que começou. Isso porque é errôneo iniciar esse debate com olhos fixos somente no Brasil, justamente porque economia - assim como tudo que envolva uma sociedade política - tem a ver com o mundo, os efeitos das decisões que são tomadas aqui dentro lá fora e vice-e-versa, ou seja: não é só a nossa economia que está sendo afetada, mas a do mundo inteiro.
E antes de iniciar qualquer discussão, precisa ser esclarecido que a economia nacional não ia dar essa suposta guinada pois o crescimento vinha sendo muito lento - nos doze meses de 2019 até janeiro desse ano o aumento foi de 1,1%, o mesmo ritmo de crescimento dos últimos três anos, como divulgou Claudio Considera do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) disponível na UOL de conteúdo do jornal Estadão.
Querer criar um dilema com o tema de "vidas x economia" em uma situação em que a economia não tinha previsão de melhora como o atual governo pinta é desestabilizar a seriedade do debate, promovendo uma noção genocida disfarçada de preocupação com a população brasileira, sem veracidade com os fatos de estudos que mostram, inclusive, que o isolamento social total é a melhor - e mais rápida - maneira de recuperar a economia. Esse estudo norte-americano realizado por economistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts e do FED, intitulado "Pandemics depress the economy, public health interventions do not: evidence from the 1980 flu", se baseia na gripe espanhola (que não surgiu na Espanha, fica a dica!) ocorrida entre os anos de 1918 e 1920.
É preciso apontar que, sim, com o COVID-19 virão mudanças estruturais na economia, como explícita a diretora do Fundo Monetário Internacional (FMI) Kristalina Georgieva. Inevitável diante o choque gerado pelo vírus, contudo ainda assim é perigoso disseminar uma ideia em que "O Brasil Não Vai Parar" porque, supostamente - sem nenhum dado ou estudo que segure essa teoria -, a economia do Brasil quebraria sem precedentes de melhoras futuras, especialmente dado que a economia só não foi para a frente como disseram que iria exatamente pelas medidas que o atual presidente veio tomando.
De novo: tudo que envolva política depende da imagem que o governo esteja passando para esses países com quem se deseja ter relações positivas, então as decisões tomadas afetam diretamente em todos os aspectos, como podemos ver claramente com o dólar às alturas desvalorizando o nosso real. Até existem alguns aspectos positivos no dólar alto, mas não são aspectos que favoreçam o povo brasileiro e os seus empresários em geral, o que já explicamos em nosso Twitter pouco mais de dois meses atrás, quando o dólar "só" tinha chegado a R$4,38.
Importante ressaltar que economistas defendem que seja maior o gasto público como solução para a crise, como você pode ler mais detalhadamente n'O Globo. Um exemplo é o da Espanha, cujo governo estatizou seus hospitais privados e assegurou as contas básicas da população. Assim seguem todos os especialistas, de economistas a virologistas, ressaltando como esse vírus é imprevisível e, apesar do grupo de risco precisar tomar extra cuidado, não se sabe até onde ele pode chegar e se alguém tem como ser imune sem a cura que ainda não existe. Não à toa, quantas notícias não chegam em nossos celulares relatando pessoas saudáveis de 18, 25 e 30 anos morrendo devido as complicações do Coronavírus?
Não deveria ser uma questão em que a economia entre em cheque antes de vidas humanas. De crise a gente sai, mas da morte ninguém volta. Vidas não são recuperáveis, pelo menos até a última vez que checamos não desceu nenhum novo Messias para reparar isso.
Indicamos que leia também "Quem vai salvar a economia do Coronavírus", da revista Exame, para demais informações sobre ações do governo e elite ao redor do mundo, além de outros pontos que enriquecerão a sua visão sobre a economia (e a vida) em tempos de Coronavírus.
De novo: tudo que envolva política depende da imagem que o governo esteja passando para esses países com quem se deseja ter relações positivas, então as decisões tomadas afetam diretamente em todos os aspectos, como podemos ver claramente com o dólar às alturas desvalorizando o nosso real. Até existem alguns aspectos positivos no dólar alto, mas não são aspectos que favoreçam o povo brasileiro e os seus empresários em geral, o que já explicamos em nosso Twitter pouco mais de dois meses atrás, quando o dólar "só" tinha chegado a R$4,38.
Importante ressaltar que economistas defendem que seja maior o gasto público como solução para a crise, como você pode ler mais detalhadamente n'O Globo. Um exemplo é o da Espanha, cujo governo estatizou seus hospitais privados e assegurou as contas básicas da população. Assim seguem todos os especialistas, de economistas a virologistas, ressaltando como esse vírus é imprevisível e, apesar do grupo de risco precisar tomar extra cuidado, não se sabe até onde ele pode chegar e se alguém tem como ser imune sem a cura que ainda não existe. Não à toa, quantas notícias não chegam em nossos celulares relatando pessoas saudáveis de 18, 25 e 30 anos morrendo devido as complicações do Coronavírus?
Não deveria ser uma questão em que a economia entre em cheque antes de vidas humanas. De crise a gente sai, mas da morte ninguém volta. Vidas não são recuperáveis, pelo menos até a última vez que checamos não desceu nenhum novo Messias para reparar isso.
Indicamos que leia também "Quem vai salvar a economia do Coronavírus", da revista Exame, para demais informações sobre ações do governo e elite ao redor do mundo, além de outros pontos que enriquecerão a sua visão sobre a economia (e a vida) em tempos de Coronavírus.
Sobre a economia em tempos de Coronavírus
Reviewed by Jota Albuquerque
on
maio 19, 2020
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