Viver numa sociedade em que constantemente se diz sobre a necessidade, que mais se tornou uma obsessão, em estar feliz, em que redes sociais - como Instagram - só mostram caras com um sorriso superficial sobre elas repetidas vezes como se aquilo fosse o normal, o comum delas todos os dias, é uma situação a qual não percebemos como vai pesando. Então nesse primeiro Além do Ordinário partiu filosofar sobre a importância de passar por momentos ruins (e ter sentimentos caracterizados como "ruins"), por mais que a gente odeie eles?
Que todo mundo já passou pela fase de negação, em ficar triste, pela condenação à possibilidade de compreender que está tudo bem em não estar bem e ninguém é capaz de viver feliz para todo o sempre não é novidade para ninguém. Agora, o que ninguém pensou é que: se a vida não tivesse os baixos, não haveriam os altos.
Os momentos excitantes, as memórias inundadas de felicidade, as risadas e o amor, qualquer sentimento minimamente bom, não existiriam. A gente viveria morto num mundo que nada é novo, que só... existimos? Só estamos aqui, não vivemos, não temos pelo quê lutar, é tudo comum e os sentimentos, o que são? Nada porque não há tristeza, não há decepção, não há raiva, então consequentemente não há ensinamento, e se não há ensinamento, não há crescimento e apreciação. Seríamos corpos inertes no espaço-tempo, destinados à nada e ao mesmo tempo à nossa própria miséria.
Os momentos excitantes, as memórias inundadas de felicidade, as risadas e o amor, qualquer sentimento minimamente bom, não existiriam. A gente viveria morto num mundo que nada é novo, que só... existimos? Só estamos aqui, não vivemos, não temos pelo quê lutar, é tudo comum e os sentimentos, o que são? Nada porque não há tristeza, não há decepção, não há raiva, então consequentemente não há ensinamento, e se não há ensinamento, não há crescimento e apreciação. Seríamos corpos inertes no espaço-tempo, destinados à nada e ao mesmo tempo à nossa própria miséria.
E não entenda mal, não se trata de romantizar a tristeza, raiva e todos os sentimentos que caracterizamos como negativos, bem como situações ruins. A finalidade aqui é a possibilidade de reconhecimento de que esses sentimentos ou situações são humanos e fazem parte da experiência de ser humano, e não deveria ser considerado uma falha, pois independente da sua crença (ou falta de), é o que nos torna humanos. Passando por baixos que vemos importância nos momentos bons, em coisas que são boas para nós e nos altos da vida porque, clichê ou não, a vida é uma montanha-russa e podemos enxergar essa vivência de maneiras inovadoras; tendo em mente como somos incríveis sobrevivendo e resistindo dia após dia.
Ninguém precisa amar esses momentos. Não é preciso olhar para eles e "ok, você é incrível por tudo que me faz apreciar depois", mas quem sabe agora você tenha uma nova perspectiva dos seus momentos bons, além de serem bons?
Ninguém precisa amar esses momentos. Não é preciso olhar para eles e "ok, você é incrível por tudo que me faz apreciar depois", mas quem sabe agora você tenha uma nova perspectiva dos seus momentos bons, além de serem bons?
Além do Ordinário: aprecie os baixos para exaltar os altos
Reviewed by Jota Albuquerque
on
julho 27, 2019
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